sábado, 31 de dezembro de 2016

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Pense num prefeito abestado...

Pense num prefeito abestado...
PDF 798


Na faz muito tempo o prefeito da tal cidade disse que ia fazer melhorias, com mais uma ideia de jerico. O prefeito que é mais conhecido que farinha em feira, mas tá virando um infeliz da costa oca. Mas na feira do grude nunca viram ele.

Começou trocando alguns abrigos nas paradas de coletivos, com placas dizendo que a tal cidade era a capital da cidadania, achando que ia lavar a burra. Não demorou muito e um caminhão efetuando manobras, bateu no abrigo. E a prefeitura pediu ajuda a população, para encontrar o cangueiro. Faltou os engenheiros de escritório saber que ali naquele local, tem tráfego intenso de caminhões, carretas e contêineres transportados, indo e vindo para a área portuária. Engenheiros e arquitetos, que só sabem desenhar em papel linhas esguias, sem fazer uma inspeção in loco..

O centro da cidade, na época das festas de final de ano, está pior que outros meses, está uma leseira. É lixo para todos os lados. Piora com o detalhe de que não tem lixeiras. Com as calçadas mais apertadas que bomba de sete tiros. Tem carros parado em portas, igual jumento em frente a bodega. Um furdunço da bexiga. Tem motorista grosso que nem cano de passar bosta. Taxista parado no ponto ou na guia, nem se fala, parecem papel de enrolar prego. As rampas nas calçadas estão sempre empacadas, por um carro ou um vendedor de bugigangas. É caixão andar a pé, dá vontade está de esticar o dedo.

A prefeitura fica no centro da cidade, e existem bairros com nome de lagoas, de Seca à Nova. Está na hora de rever a geografia e mudar o bairro da sede da prefeitura. Mudar para Lagoa da Discórdia ou Lagoa da Confusão, todo dia tem uma manifestação na porta. Agora são os funcionários do prefeito. Servidores municipais, exigindo seus salários atrasados. Na campanha estava todo prezepado dizendo que driblava a crise.

Na virada do Ano a prefeitura vai promover uma soltura de fogos. Tá como o prefeito gosta, distribuindo farinha e rapadura para o povo. O povo na areia, esquece das ruas e calçadas, entram no forró, até que cheguem a um aperreio de novo. E o prefeito fica em casa chamando urubu de meu loro; Vixe !!! Mas tem a posse no dia seguinte !!!

O homi já está diplomado, falta agora no dia da pose fazer discurso e juramento, e dizer; Eu cegue. Ou vai ser novamente um prefeito sem futuro.


Em 29/12/2016
Roberto Cardoso


Texto publicado em:

Texto anterior:

Pense num prefeito amostrado

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

FLIN. Uma festa literária ?

FLIN. Uma festa literária ?


Quais as literaturas podem ser encontradas em uma festa literária? Na abertura da FLIN - Festival  Literário de Natal (Natal/RN - dez/2016), era possível encontrar algumas literaturas, como literatura de cordel e livros impressos com temas e títulos variados. E ainda havia uma comunicação oral, com depoimentos de palestrantes convidados. Alguns com violão ou viola, davam mais vida às suas falas. Mas depois de algumas horas de iniciada a Feira, ainda faltava uma literatura que podia ser exposta em painéis e distribuída aos presentes. A programação impressa do evento. A velha estratégia de expor uma informação em postes, muros e paredes, para que uma população presente saiba antecipadamente.  Feira, festa ou festival? Furdunço ou farofada? FLIN fora de época que não obedece um calendário.

Ainda falta muito para implantar uma tecnologia, onde todo aparelho telefônico de uso pessoal, tablet ou celular, presente na área do evento, seja identificado, e enviado informações sobre os próximos eventos. Alertando sobre o tema, o palestrante e a tenda. Com certeza seria o sonho de consumo do prefeito, além de ter seus convidados particulares. Os convidados que conversa longos papos, quando faz visitas outras cidades. Já foi fotografado em cafés e livrarias, e postado em redes sociais. E como já foi dito pelo prefeito, em um evento literário, ele frequenta livrarias em outras cidades, evitando a livrarias da cidade que ele administra. Talvez evite os paparazzi, querendo saber os livros que ele admira, e estejam em sua mesinha de cabeceira.

E ainda faltava na Feira, uma literatura básica, A primeira literatura que o homem escreve é através de seus passos que deixam marcas no chão, mostrando um caminho e uma direção. Com o passar dos tempos, as pegadas se tornam trilhas e caminhos, para os que não conhecem o espaço, Uma direção segura e registrada por aqueles que já percorreram aquele caminho. Os livros e textos descrevem os caminhos com um agrupamento de letras, que tornam fonemas, sílabas, palavras e frases, criando trilhas e caminhos, Até uma auto estrada, uma freeway para o leitor.

Dos passos marcados no chão de terra e de areia, surgiram as cidades com os espaços pavimentados, onde a prefeitura tem um compromisso e uma missão de imprimir marcas, sobre passeios e calçadas. Marcas que determinam uma caminhada segura, para os que estão restritos ou reduzidos de uma visão. Uma marca que conduz todos a outro local, independente de sentidos organolépticos. Bastando seguir uma trilha amarela, que mostra um caminho livre, ou anuncia obstáculos. Rampas facilitam os acessos. Indicativos de saída de emergência, antecipam uma decisão.

Na sinalização carente daquele espaço, as estruturas metálicas da feira se tornaram novos obstáculos. A planta baixa do evento, não respeitou as poucas marcas existentes, no piso da praça. Cobriu o piso tátil. Criou barreiras e fechou as rampas de acesso, que facilitam o trajeto de cadeirantes, o acesso de idoso, e o acesso de todos, evitando um degrau não demarcado, com pinturas diferenciadas. Automóveis de apoio ao evento, se tornaram um obstáculo no espaço fora da feira, ao estacionar sobre a calçadas, com piso de resistência, calculada para pedestres. Ao deixar cabos elétricos  espalhado sobre um piso tátil.

A FLIN repete os erros apontados na edição anterior, não foi feita uma revisão literária e ortográfica dos símbolos que transmitem uma informação sobre o pavimento. Foi montada sobre uma praça cheia de erros ortográficos. Na edição anterior (novembro/15), a FLIN aconteceu na semana do deficiente físico, um alerta para corrigir seus erros e falhas. O problemas no ano passado não foram corrigidos, mesmo depois de uma conversa ao pé do ouvido, com o prefeito presente na feira. Um ano se passou e os problemas persistem, dando uma ideia de secretarias deficientes, como falta de visão e falta de audição, capenga das pernas.

O povo agora com maior conhecimento, quer muito mais que pão e circo, mais que música e divertimento, ao ar livre sem cobrança de ingresso. Quer um ambiente seguro. Haviam saídas de emergência nas tendas, mas estavam bloqueadas com grades do lado de fora.



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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Destinos controversos

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Imagem:

Destinos controversos
PDF 787

Embarques e desembarques; origens e destinos; baldeações e conexões, transferências de transportes, são encontrados em um caminho, onde o itinerário de um, com paradas obrigatórias,  pode ser o embarque ou o destino final de outro. Inúmeros sistemas de transportes e comunicações podem fazer um intermodal entre um e outro. Vias diferentes, aérea, terrestre ou marítima; lacustres e fluviais, rodoviárias ou ferroviárias. Linhas de pensamentos diferentes, na terra no mar ou no ar, as inspirações acontecem diferentes, pela paisagens encontradas. De acordo com os quatro elementos; água, terra, fogo e ar. Cada ser um HD ambulante, com maior ou menor capacidade, com arquivos diferentes.

A tecnologia proporcionou um esquecimento. Canoas e caravelas exerceram não apenas a função de transportes, mas de comunicações, transportando cartas e recados. O mesmo se deu em terra com burros e cavalos, transportando mercadorias e missivas entre os povoados. A aviação civil, começou transportando malotes. A internet transfere informações e conhecimentos por sites e e-mail. Possibilita a chegada de mercadorias, com compras on line ou rastreando uma mercadoria enviada pelos correios.

Mas a internet está cheia de histórias contraditórias. Com fuxicos e com retalhos se constrói uma rede, para ser fixada em duas paredes, uma de frente a outra; uma pró e outra contra. Dois ganchos dão sustentação a duas vias de opiniões, enquanto a rede faz arcos diferentes em um movimento de vai e vem.

Há opiniões contra os versos e contra as histórias contadas; contos e novelas. Cada qual emitido seus pontos de vistas a partir um ponto construído ao longo de escolas e de uma vida frequentadas, Com variadas paredes; paralelas ou ortogonais, com materiais diversos e cores diferenciadas. Substantivos e adjetivos são incorporados ao texto.

Um dia diante a uma cena catástrofe, uma cidade reduzida a escombros e ruínas. Sem água, sem alimentos e sem energia elétrica, para promover um resgate de possíveis sobreviventes, encarcerados sob os escombros. Sem acesso ao telefone ou internet para obter conhecimentos e informações de resgate, de socorro, cuidados e medicação; e identificação de pessoas. Focos de incêndio na cidade indicam antigas localizações de livrarias e bibliotecas. O elemento fogo consumindo a madeira transformada, com ajuda do oxigênio encontrado. Não há dutos ou reservas de água que impeça uma combustão. Parece ser o apocalipse.

No cofre do altar de uma igreja, uma bíblia é encontrada. O único meio de encontrar uma informação, acumulada por séculos de história. E séculos anteriores a história escrita. A bíblia guardada e preservada é resgatada. Poderá ser a única maneira de recomeçar o mundo. A única fonte de conhecimento escrito. E os mais letrados terão prioridades, benefícios e reconhecimentos nas interpretações. E a história poderá se repetir, tal como a Terra gira repetindo seus movimentos no espaço, e tal como o balanço da rede, mas necessitando de paredes sólidas.

PS: Esqueça tudo que está escrito, é muito controverso.


RN 06/12/2016

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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Um índio hipotético

desenho-dia-do-índio-para-colorir-ideia-criativa-lindas-imagens5.pngUm índio hipotético
Vamos imaginar e analisar 
o habitus de um indígena?
PDF 775


Imaginemos um índio. Um ator social sendo meio silvícola e meio civilizado. Com as condições e os elementos sociais para circular livremente entre as tribos, e entre as cidades. Entre avenidas e rios, becos e igarapés. Circular entre o mundo indígena e no mundo urbanizado. Com uma estratégia e algumas técnicas, de fazer caminhos entre quadras e tabas, e entrar em casas e ocas, nas aldeias ou nas cidades. Usar elementos primitivos, como pinturas e cocares, que motivam, cativando os atores das cidades. Fazer rituais antes de suas falas, queimando as mesmas ervas de seus ancestrais..

Dispor de recursos tecnológicos que o insiram na sociedade, como carro e smartphone. Com sopas apimentadas mostrar e degustar histórias e arquétipos de sua cultura. Ter perfis em redes sociais conquistando seguidores. Criar um público antes de chegar na próxima cidade. As redes sociais fazem sinais de fumaça, anunciando a sua chegada. Em outras redes pode bater em um tronco.

Mas antes recordemos alguns fatos, marcados na sociologia. Karl Marx não era um acadêmico, mas casou com uma acadêmica, e a convivência com a esposa lhe permitiu conhecer os métodos científicos, e criar uma tese sobre o mundo capitalista e socialista em relação aos trabalhadores. Yves La Coste disse que a geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra, ou seja, a geografia é fundamental para conhecer o campo de batalha; traçar planos e estratégias. E uma guerra não precisa ser exatamente em um campo, onde são lançadas granadas e bombas, com um teatro de guerra. Existem outro tipos de batalhas e guerras, sem disparar um tiro. Com estratégias do poder econômico, para um domínio social. O domínio e a usurpação de um povo. O automóvel é uma ótima estratégia, invadindo países estrangeiros com: financiamentos e seguros, óleos e combustíveis; peças e acessórios. Uma dependência econômica, com minerais da própria terra; minério de ferro e petróleo. Os índios já ocupavam essas terras, antes de outros povos chegarem.  É o legítimo dono, sem carta de posse ou escritura.. É filho e fruto da terra.

Portugueses, holandeses e franceses, usaram de estratégias com os índios. Estratégias de fazer amizades e criar inimizades entre as tribos. Em contrapartida eles ofereciam novidades e defesas, para uma guerra que os mesmos criavam, para fazer retiradas de vegetais e minerais que supunham uma existência. Como os índios não admitiram ser escravizados, o europeu usou de outras estratégias, para obter o que queria, a princípio, prata e ouro, ocultados inicialmente pela extração de pau Brasil. Inseriram uma agricultura, para justificar uma presença na terra, que poderia alimentar outros povos. Depois chegaram com o gado, instalando-se em famílias.

Hoje já existem satélites e missões religiosas, que pesquisam o território antes de uma investida final para retirar o que precisam e necessitam. Usam outras estratégias, afirmando que é possível viver e ganhar muito dinheiro, criar empregos, com sal, turismo e vento. Com o sal pesquisam o DNA da terra; com o turismo fazem uma ocupação consentida; e com o vento abrem mercado para suas tecnologias e equipamentos.  Existem minerais mais valiosos, que podem proporcionar novas expedições e novas descobertas, agora as viagens são espaciais. E o principal elemento químico é o nióbio. Há reservas em Roraima, e no Brasil Central.

Os chineses já chegam com outras estratégias, de criar uma ferrovia cortando a América do Sul, unindo o Pacífico e o Atlântico. Afirmam que o investimento vai ser muito bom para o Brasil, para escoar uma produção. Mas curiosamente vai passar muito perto da maior reserva de nióbio do mundo. E com certeza os vagões não circulam vazios, é preciso algo compensatório. O minério para os trilhos e os vagões não será problema. E as locomotivas com certeza os asiáticos estarão aptos a oferecer. Já ofereceram outros equipamentos para uso urbano.

E lembremos Bourdieu que atribuiu a palavra habitus, para definir uma linguagem própria e um comportamento, dentro de grupos com um mesmo trabalho e um mesmo objetivo. Foucault já atribuiu o nome de discurso, o discurso que permeia um grupo. Daí o quanto é importante entender o habitus e o discurso, para conviver entre grupos diversos. Conhecer as regras linguísticas e formatadas com um vocabulário próprio.

Voltemos ao índio hipotético. Um índio com uma estratégia própria ou como instrumento manipulado de um grupo, manipulado por estratégias de controle e domínio. O velho truque dos países estrangeiros, e bureaus de informação e de inteligência, com estratégias de inserção em um grupo. Um índio com comportamento e características urbanas. Suas penas e cocares são simples adereços para T Shirts, bermudas e tênis, de grifes e marcas famosas. Um carro popular, motiva uma crença de que não é um índio focado no interesse. E não depende de transporte público para chegar nos seus destinos. Mas pode soltar monóxido de carbono por onde passa, não há como fazer um discurso de proteção às florestas. Nem tudo é perfeito, ele pode cometer deslizes, um índio “gafeiro”.

Imaginemos um ator social com uma história familiar de linhagens indígenas, que vá se inserindo no meio civilizado, dos homens denominados como urbanos, moradores de regiões metropolitanas. Um ator social com um nome urbano, e quem sabe um sobrenome de origem estrangeira, por estar próximo a uma fronteira, do Brasil com um outro país, que tem um histórico de origens diversas. Como a região das Guianas, que originalmente pertenciam a França, Inglaterra e Holanda. Uma estratégia para ocupar o continente dividido em um momento histórico, entre espanhóis e portugueses. O nome urbano é sua primeira estratégia de ser admitido nos grupos, onde pretende uma inserção, precisa mostrar que não é de todo um índio. Tem nome e comportamento de civilidade: RG e CNH, talvez título de eleitor e cartão de crédito. Já tem argumento para conhecer hábitos e discursos.

E que este ator social procure fazer uma carreira acadêmica, com graduação e pós-graduação, o seu passaporte para entrar no mundo da pesquisa, no mundo acadêmico, tendo acesso ao corpo docente e ao corpo discente; preferencialmente em uma universidade federal. E faça um curso de geografia. Seria uma ótima estratégia, um índio emancipado dividindo os espaços dominados pelos autodenominados de civilizados. E que entre então no mundo dos Lattes e do CNPq. Seu desafio passa a ser a pesquisa, dispensando os arcos e as flechas, preservando seus cocares e a cara pintada, com recursos de pincéis e tintas, dentro de uma necessaire ou uma mochila.

Mas seria muito bom também se inserir entre os intelectuais, conhecer seus hábitos e discursos. Pesquisar seus comportamentos e suas ideias, distinguir-se e destaca-se entre eles, como personagem convidado de uma sociedade de poetas; em livrarias ou pinacotecas. E o melhor meio de inserção entre os intelectuais, seria participar de uma cultura. Uma cultura composta de ideias, imagens e literaturas. Conhecer os papéis e as tintas, as técnicas e as artes. Fazer seus textos e versos sem um olhar científico. Criar a própria arte para servir de argumento com uma exposição itinerante, onde possa conhecer outras tribos. Tribos extintas, com outros povos ocupando suas terras. Usar a arte indígena como uma questão norteadora, que justifiquem suas viagens, para conhecer e pesquisar outras terras. Mas pode gerar diferentes conclusões, de acordo com pontos de vistas diferentes e conhecimentos imbricados.

A geografia ao longo do tempo criou sua própria epistemologia, abrindo um espaço entre a geologia e a sociologia. Estuda o espaço primitivo e o espaço modificado pelo homem. Deu nome aos acidentes geográficos, criando uma regra. E tornou-se uma ciência. Está habilitada a criar e interpretar mapas; habilitada a analisar movimentos sociais dentro de um espaço e de um tempo. Imaginemos um índio capaz de interpretar mapas e movimentos sociais. Um índio capaz de criar uma estratégia de estar em redes sociais e comparecer a eventos sociais, culturais e acadêmicos. Um índio diplomado pela academia, com um discurso reconhecido e autorizado. Sem beca, mas com cocares de penas pode ser chamado de mestre ou doutor. Ele estaria capacitado a ser um Piri Reis, ou dissimularia que fosse um discípulo de Kant

Imaginemos um índio com um objetivo, de em nome de uma nação composta de tribos indígenas, recuperar suas terras. Terras perdidas para os descobridores e os colonizadores, para exploradores; para a agricultura e para a pecuária. Para o comércio e para indústria; para a engenharia e arquitetura. Para as cidades e para as estradas, com construções e urbanizações.  Imaginemos um índio que se considere o dono das terras. E por ser dono, assume a capacidade e condição de negociar com estrangeiros os recursos minerais e naturais, de suas reservas que estão demarcadas.  Terras que depois de exploradas já não valem mais nada. Depois de esgotados os minérios, ainda servem de pasto, mas depois de pisoteadas pelo gado podem se tornar um deserto. Cabe aos índios recuperar o que deixaram explorar, este será o seu carma..

E por último imaginemos que o índio hipotético seja orientado por seus deuses a não conversar com determinadas pessoas. Um índio hipotético que deixa duvidas, se está a serviço de seus parentes, ou cooptado por países e povos estrangeiros. Pode ser um espião infiltrado, observando a sociedade e seus interesses. Para passar informações e criar alternativas.

Com um celular na mão e olhos atentos na tela, não causaria suspeitas, é comum ver pessoas nas ruas, com ares perdidos falando com pessoas distantes e pessoas  ao lado, bastando correr um dedo sobre uma tela. Não há  como imaginar  de poder estar falando com seus principais, seus contratantes ou seus deuses, perdidos entre nuvens.


Roberto Cardoso (Maracajá)

Em terras potiguares
17/11/2016
Um índio hipotéticodesenho-dia-do-índio-para-colorir-ideia-criativa-lindas-imagens5.png
Vamos imaginar e analisar o habitus de um indígena?
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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

segunda-feira, 7 de novembro de 2016